
Antes de assistir "Uma prova de amor" é recomendável ter uma caixa de lenços por perto, pois as lágrimas são inevitáveis. Quem for mais manteiga derretida, leve uma caixa a mais pra garantir. Baseado no romance de Jodi Picoult, o filme dedica-se ao tema leucemia, alinhavado com a eterna impotência que todos nós temos perante a morte, outro assunto bastante explorado nas telas. Também ressalta que família é o alicerce para qualquer ser humano.
A adolescente Kate desde os dois anos batalha contra a doença, interpretada com muita competência por Sofia Vassilieva (da série "Medium"). Os méritos não ficam somente para ela, pois Abigail Breslin dá um show de talento, lembrando que a jovem atriz já mostrava a que veio desde "Pequena Miss Sunshine" (2006). Ela vive Anna, irmã caçula de Kate, que nasceu devido a uma fertilização in vitro por decisão da mãe Sara (Cameron Diaz) e do pai Brian (Jason Patric), mas com empurrãozinho de um médico que sugeriu como que não quer nada (mostrando o lado antiético que existe no mundo), na tentativa de utilizar doações da menina para prorrogar o tempo de vida de Kate.
O estopim da trama é quando Anna, após treze anos de cirurgias e transfusões, quer decidir o que fazer com o próprio corpo e procura um advogado para resolver essa situação na justiça, pois não quer doar mais nada para irmã. Ela interpreta tão bem que gera indignação por parte de quem assiste, pois parece ser cruel em não querer ajudar mais. No desenrolar da história o porquê disso é revelado, arrancando mais lágrimas ainda. Cameron Diaz, que andava apagada nos últimos trabalhos, nesse consegue arrancar elogios novamente, pois interpreta completamente entregue, uma verdadeira mãe leoa.
Na parte técnica utilizam muito bem a trilha sonora, comandada pelo renomado Aaron Zigman, provando que imagem e áudio ganham força juntos, além da bela fotografia - principalmente na cena da praia quando Kate com poucos dias de vida respira ar puro longe da maca do hospital. Alguns trechos não-lineares são feitos com narração em off, com a participação dos personagens lembrando algumas situações de alegria ou tristeza.
Muitos podem achar exagero mostrar o drama vivido pela família, ainda mais porque o diretor Nick Cassavetes adora mesmo melodrama, mas quem já passou por essa experiência ou ainda vive isso sabe que é exatamente assim do jeito que o filme mostra e muitas vezes até pior. Mexe com a rotina de toda família, não é fácil ir ao hospital semanalmente, internações consecutivas, efeitos colaterais, etc.
Além de mostrarem somente personagens ricos, que podem pagar pelas medicações e hospitais, o grande erro que se repete em todos filmes ou novelas que abordam tão delicado e sofrido assunto, que pode acontecer com qualquer um de nós, é que aproveitam muito pouco o tempo hábil para transmitir mais informações - não somente sobre a doença ou como conviver com ela - mas também conscientizar todo mundo sobre a importância de ser doador voluntário de medula óssea, pois essa é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e algumas outras doenças do sangue. Diferente dos mitos "dor" e "isso não acontece comigo", ser doador de medula óssea é bem simples: é retirado 5ml de sangue para amostra e caso um dia seja compatível a pessoa é convidada para doar e os riscos para o doador são praticamente inexistentes. O que complica é que a chance de encontrar uma medula compatível pode chegar a uma em mil, além do número do REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) ainda estar aquém de suprir a necessidade de transplantes. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no último mês de julho de 2009, o Brasil chegou à marca de um milhão de doadores voluntários de medula óssea (lembrando que no país somos um pouco mais de 182 milhões de habitantes). Na Alemanha, por exemplo, o número de doadores cadastrados chega a quatro milhões.
A adolescente Kate desde os dois anos batalha contra a doença, interpretada com muita competência por Sofia Vassilieva (da série "Medium"). Os méritos não ficam somente para ela, pois Abigail Breslin dá um show de talento, lembrando que a jovem atriz já mostrava a que veio desde "Pequena Miss Sunshine" (2006). Ela vive Anna, irmã caçula de Kate, que nasceu devido a uma fertilização in vitro por decisão da mãe Sara (Cameron Diaz) e do pai Brian (Jason Patric), mas com empurrãozinho de um médico que sugeriu como que não quer nada (mostrando o lado antiético que existe no mundo), na tentativa de utilizar doações da menina para prorrogar o tempo de vida de Kate.
O estopim da trama é quando Anna, após treze anos de cirurgias e transfusões, quer decidir o que fazer com o próprio corpo e procura um advogado para resolver essa situação na justiça, pois não quer doar mais nada para irmã. Ela interpreta tão bem que gera indignação por parte de quem assiste, pois parece ser cruel em não querer ajudar mais. No desenrolar da história o porquê disso é revelado, arrancando mais lágrimas ainda. Cameron Diaz, que andava apagada nos últimos trabalhos, nesse consegue arrancar elogios novamente, pois interpreta completamente entregue, uma verdadeira mãe leoa.
Na parte técnica utilizam muito bem a trilha sonora, comandada pelo renomado Aaron Zigman, provando que imagem e áudio ganham força juntos, além da bela fotografia - principalmente na cena da praia quando Kate com poucos dias de vida respira ar puro longe da maca do hospital. Alguns trechos não-lineares são feitos com narração em off, com a participação dos personagens lembrando algumas situações de alegria ou tristeza.
Muitos podem achar exagero mostrar o drama vivido pela família, ainda mais porque o diretor Nick Cassavetes adora mesmo melodrama, mas quem já passou por essa experiência ou ainda vive isso sabe que é exatamente assim do jeito que o filme mostra e muitas vezes até pior. Mexe com a rotina de toda família, não é fácil ir ao hospital semanalmente, internações consecutivas, efeitos colaterais, etc.
Além de mostrarem somente personagens ricos, que podem pagar pelas medicações e hospitais, o grande erro que se repete em todos filmes ou novelas que abordam tão delicado e sofrido assunto, que pode acontecer com qualquer um de nós, é que aproveitam muito pouco o tempo hábil para transmitir mais informações - não somente sobre a doença ou como conviver com ela - mas também conscientizar todo mundo sobre a importância de ser doador voluntário de medula óssea, pois essa é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e algumas outras doenças do sangue. Diferente dos mitos "dor" e "isso não acontece comigo", ser doador de medula óssea é bem simples: é retirado 5ml de sangue para amostra e caso um dia seja compatível a pessoa é convidada para doar e os riscos para o doador são praticamente inexistentes. O que complica é que a chance de encontrar uma medula compatível pode chegar a uma em mil, além do número do REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) ainda estar aquém de suprir a necessidade de transplantes. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no último mês de julho de 2009, o Brasil chegou à marca de um milhão de doadores voluntários de medula óssea (lembrando que no país somos um pouco mais de 182 milhões de habitantes). Na Alemanha, por exemplo, o número de doadores cadastrados chega a quatro milhões.
Nota 9,0
Assista ao trailer:
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