quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

As viagens de Gulliver: adaptação não conta toda a história


Jack Black interpreta Lemuel Gulliver, entregador de correspondências de um jornal em Nova York e apaixonado há anos por Darcy (Amanda Peet) - a editora do caderno de viagens. Ao perceber que sempre fracassa, tanto profissionalmente quanto no campo amoroso, Gulliver inventa que sabe escrever sobre turismo e Darcy o manda até o Triângulo das Bermudas para produzir uma matéria. Mas no meio do caminho seu barco naufraga e ele acorda em uma terra desconhecida, o reino medieval Lilliput, onde existem pequenos moradores - que o amarra por ser gigante e ameaçador.

Algumas piadas só podem ser entendidas por pessoas antenadas no mundo nerd/tecnológico, ou seja, um público jovem. Mas não deixa de ser um filme engraçado, principalmente quando Gulliver – após virar o egocêntrico braço direito do rei de Liliput – resolve brincar com algumas histórias como se fizessem parte de sua vida, entre elas, descobrir que Darth Vader era seu pai e que ele estava presente no dia em que o Titanic afundou, fora outras referências a filmes e séries de TV (da Fox principalmente, distribuidora do filme).

Jack Black pode até mudar de filme, mas parece que sempre faz o mesmo personagem. São as mesmas caretas e os mesmo trejeitos de “Escola do Rock”, por exemplo. Inclusive nesse filme muito rock embala a trilha sonora, tanto que a banda Kiss ganha versão mini em uma das cenas junto ao jogo "Guitar Hero".

Nunca mentir, acreditar no seu potencial, desistir jamais, não deixar seu ego passar por cima de tudo e todos, são algumas lições de moral clichês que a película tenta passar ao espectador.

Adaptação deixa a desejar

A adaptação é baseada no clássico livro “As viagens de Gulliver”, de Jonathan Swift, mas deixa a desejar porque não conta a história toda. O filme se limita na terra dos seres pequenos e faz rápida passagem pela terra dos gigantes, Brobdingnag. O autor do livro faz muitas sátiras que poderiam ser aproveitadas no filme, que de tão modernizado perdeu um pouco o encanto da incrível obra lançada em 1726 - que é uma verdadeira crítica sobre a mediocridade da sociedade (que prevalece até os dias atuais).

Gulliver, no livro, visitou diversos lugares imagináveis, como Laputa (com moradores que só se interessam por matemática e música), Balnibari (com um centro de pesquisas malucas, como máquina que transforma dejetos humanos em comida). O que dizer de Glubbdubdrib? Ilha onde o rei tem poder de ressuscitar por 24 horas qualquer pessoa. E os imortais de Luggnagg? Renderia muito conteúdo legal ao filme, com certeza.

Dica: é melhor poupar seu bolso e não assistir a atração em 3D, pois nenhuma cena é exibida nesse formato, apenas há uma melhora na imagem.

Nota 8,5

Assista ao trailer:





4 comentários:

Carlos Felipe disse...

Realmente Jack Black continua o mesmo em todos os filmes.

Sempre fracassado fã de rock kkkkkk

Agora qro ler o livro pra poder ter uma ideia do que faltou na historia contada pelo filme

Gi @ambulatoriotv disse...

o livro chegou ebaaaa

AnaDoVéu disse...

Oieee... Olha eu aqui tbém! rs

Não assisti esse filme ainda não, assim q eu vê-lo corro aqui pra comentar, tá?

Gisele Santos @giselesantos_ disse...

oiee, tenta ver sim, bjão